Leitores querem saber como eu consigo pegar uma “desverdade” atrás de outra da petista Dilma Rousseff. É simples, gente! Ela fala, vou pesquisar e conto o que de fato aconteceu. “E por que os outros não fazem a mesma coisa e escrevem tudo o que ela fala sem informar os fatos reais?” Ah, gente, aí eu não sei. Eles dispõem dos mesmos instrumentos de que disponho. É verdade que é preciso saber pesquisar e que isso demanda um tempinho, mas a pergunta tem de ser feita a eles, não a mim.
Vejam o caso da loja de bugigangas de Dilma, que deu com as antas n’água. Ela atribuiu seu fracasso pessoal à supervalorização do dólar, quando o que estava supervalorizado era o real — o que era muito bom para quem mantinha um estabelecimento de porcariada importada para o “povão”. A cotação do dólar não é segredo para ninguém. É só procurar e encontrar.
Se um político afirma alguma coisa e o repórter tem como saber se ele diz ou não a verdade, acho que é uma obrigação fazer a pesquisa. Caso ele constate que o dito-cujo contou a famosa mentira, creio que também é uma obrigação falar a verdade ao leitor. Este par de substantivos — verdade-mentira — nem precisa ser empregado. Bastam os fatos.
O problema é que, dada a forma como tem sido feito o jornalismo hoje em dia, especialmente o online, leva vantagem quem mente mais, quem tem menos pudor, quem fala o que lhe dá na telha.
O jornalismo na fase do “aspismo” é o Paraíso dos Mentirosos.
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